sábado, 23 de outubro de 2010

Sozinha

Sozinha,
Caminhando descalça, sujei meu vestido,
Sujei minhas mãos.
Enquanto te procurava enfrentei monstros insanos,
Nomes ridículos que cheguei a pronunciar.
Vesti roupas vulgares,
Fui vulgar às vezes.
Dormi sozinha,
Dormi por aí...

Eu passei tanto frio e tanto medo
Que nunca poderei dizer.
E quando quis voltar,
Os espinhos já haviam me ferido.
Eu já tinha sangrado tanto
Que nada mais restava.

E foi então que te olhei
E havia uma promessa sendo dita em silêncio
E havia dois anjos nos olhando,
E quando eles acenaram,
Você se entregou a mim.

Me desfiz do vestido, e me desfiz da dor.
Eu a inda tenho cicatrizes,
E o vento continua forte
Mas você é suave, sabe me tocar.
E em cada noite que passo só,
Eu sei que pensas em mim...


Rose

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