sexta-feira, 8 de outubro de 2010

...Então grito do fundo do poço,
Esmago contra a parede o que restou da minha alma,
Liberto o anjo negro,
A alma suja.


Teu corpo nu não faz nada por mim.
Meu corpo coberto não diz nada para você.
Meu corpo se encolhe,
Você esolhe o corpo dela,
E esquece o grito meu,
Esquece o quarto meu,
Esquece,
Esquece que foi meu!


Então grito do fundo.
Calo fundo.
Chôro mudo.
Sem voz, sem vez.
Ao invés de mim, é ela.
Agora você faz dentro dela, fundo.


E então calo, não falo.
O que sinto, minto.
Pra ela, minto.
Pra mim, minto.
Pra você, enquanto grito!

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