sábado, 16 de outubro de 2010

Encostei a guitarra no balcão
Pedi o melhor veneno e repeti a dose.
Respirei toda aquela fumaça,
De todos aqueles cigarros,
E odiei aqueles rostos suados e cansados.
Homens vencidos.
Amantes perdidos.
Então toquei um acorde,
Outro e mais outro;
Nenhuma reação...
Homens hipnotizados, de olhar parado.
Tentei novamente,
Fiz a guitarra tremer, chorar, gritar.
Quebrei copos, garrafas,
Empurrei mesas,
Cuspi minha fúria
E ninguém reagiu.
Olhei pra mim,
Louco, furioso, idiota!
Olhei a guitarra com as cordas partidas,
Olhei aqueles rostos cansados,
Aquele mundo acabado,
E chorei,
derrotado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário